sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Noticias e niver


Poderia começar essa postagem “apenas” para dizer que estou viva, com saúde, um pouco de sanidade mental e tentando ao máximo acreditar que esse país ainda tem jeito [apesar das barbaridades que ando vendo e ouvindo...]
Mas não é por isso que apareci aqui hoje. Na verdade amanhã será o niver de uma grande amiga. Então, como ela foi uma (se não a única) incentivadora para a existência desse blog, resolvi postar uma coisinha para comemorar essa data tão especial e acabar com as cobranças de “arruma teu cantinho que ta cheio de poeira!”.

Querida Sú,
Amanhã será um belo dia. Que ele seja maravilhoso e lindo, com muita paz, saúde, amor, felicidade, sucesso e todas as coisas e sentimentos que farão desse e dos outros dias os melhores da tua vida. Que você continue sendo essa pessoa linda e intensa que é. Que teus dias sejam cada vez mais repletos de luz e sabedoria. Que teu coração encontre o calor de um outro coração tão bom e tão puro quanto o teu. Que você o faça feliz assim como você merece ser feliz todos os dias. Sabe porque estou te falando isso? Por que te quero bem, te quero feliz, te quero sorrindo sempre!
Sinto falta das nossas conversar demoradas, mas entendo que a correria ta grande. Um momento desses a gente senta e conversa por horas a fio.


E lembre-se: “Alguns homens vêem as coisas como são, e dizem ‘Por quê?’ Sonhe com as coisas que nunca foram e diga ‘Por que não?.” (George Shaw)

Beijo bem grandão procê!

Aninha.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Redescobrindo

Ela parou o que estava fazendo e se pôs a refletir... Ela havia esquecido de quem ela era, e naquele momento lembrou-se que aquela era ela de verdade: alguém que dança sozinha, que cantava sozinha, que questionava e não aceitava ser subestimada. Sentiu uma paz fantasiada de felicidade naquela solidão. Dançou e cantou sozinha como uma menina cheia de vida. Seguia o ritmo da música “Redescobrir” e sorria se entregando aos prazeres da dança. Sempre gostou de Elis, desde menina pequena. A cada minuto ela encontrava a si mesma em suas mil lembranças espalhadas pelo quarto em revistas e discos. Ela já se sentia dona de si mesma, e se sentia levemente embriagada por tamanha beleza. A tristeza tinha ido embora de vez, e de suas melhores lembranças ela encontrou motivos pra seguir em frente.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sobre meu sumiço.



“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”


Fernando Pessoa


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Já faz muito tempo desde a última vez que aparecei. Não que esteja acontecendo grandes eventos na minha vida, mas simplesmente meio que perdi o interesse em aparecer aqui. Ando numa fase muito introspectiva... Tenho um longo caminho pela frente... terei que fazer algumas escolhas que podem mudar o rumo da minha vida em 360º e como não sei agir sem pensar antes, prefiro ficar no meu cantinho, quietinha, só pensando antes de concretizar as minhas escolhas.


E enquanto isso, estou cuidando da minha vida profissional, para ver se em 2010 começo a realizar os meus sonhos.


No mais, muitos beijos para todos que passam aqui. E sinceros pedidos de desculpas pelo abandono.


Aninha

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Os bons morrem jovens...

“É tão estranho os bons morrem jovens... Vai com os anjos, vai em paz... O verão acabou.”


Essa vida é tão estranha... ­­­


Ele só tinha 22 anos e sem mais nem menos se foi...


Prefiro acreditar que por não ter dado um últimos “adeus”, nós ainda iremos nos encontrar.


Sei que andávamos afastados, mas a nossa amizade nunca precisou do contato físico para nos manter unidos. Bastava um pensamento, uma lembrança dos muitos momentos felizes que tivemos juntos para reavivar toda nossa amizade... Telefone nunca foi nossa praia (que ironia da vida, tinha que ter sido num domingo de praia?)


Ainda ontem lembrei das muitas tarde de sábado quando reuníamos todos os amigos em volta da piscina para colocarmos os papos em dia. Lembra que sempre fazíamos planos para os finais de semana prolongados? Lembrei também da época que viramos a noite estudando para o vestibular, e da nossa comemoração quando todos passamos – e você infelizmente não conseguiu entrar no curso de ciências da informática. Até hoje não me conformo, talvez se você tivesse entrado nada disso teria acontecido... (Mal sabia eu que àquela hora você já tinha partido...)


Sei que não existem culpados, mas me diga como amenizar a dor nessa hora? Você sabe que não consigo reagir diante desse sentimento de perda...


O dia ontem foi tão estranho. As horas não passavam. Tudo era de um cinza assustador, e você sabe como não gostava/gosto de dias nublados... Só agora juntei as peças...


Acabei de ficar sabendo que você iria voltar no final do ano pra rever os amigos e se casar com sua noiva, já que você, que sempre foi apressado em tudo, já tinha encomendado um pimpolho ou pimpolha...


Mas nada acontece como a gente quer. Ah como eu queria te abraçar...


De nós, de tudo, ficam as lembranças, os sorrisos, os abraços...


Espero poder te encontrar logo...


Ah! Esqueci de comentar contigo da última vez que conversamos... Você teve uma parcela muito grande nessa pessoa melhor que sou hoje. Tenha certeza que pra onde for te levarei comigo no coração que hoje é ainda mais corinthiano do que nunca...


As lágrimas não me deixam mais escrever.


Cajazeiras, 21 de setembro de 2009. Primeiro dia de primavera e o primeiro de muitos dias sem Dorian Jr...


Sentirei muitas saudades!


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

E a vida vai seguindo...

Está tudo tão estranho, tão sem vibração...

Talvez seja devaneio, talvez não.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Feliz aniversário, envelheço na cidade...




Vinte e um de agosto de dois mil e nove, sexta-feira, essa que vos escreve completa mais um aniversário. São vinte sete anos de muitas emoções...
Apesar de não gostar muito de comemorações tenho que me render a elas, pois hoje também é o niver da minha irmã mais nova, e diferente de mim, ela adoooora uma festa.
Então quem quiser comer um bolo melado com Cajuína e pavê de chocolate branco é só chegar depois das 8 da noite.

E pra nós, Frejat!

Amor pra recomeçar
(Composição: Frejat/Mauricio Barros/Mauro Sta. Cecília)


Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...

Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar
Prá recomeçar...

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Fazendo uma pequena pausa nas festividades.. rs

Terça-feira foi a entrega do prêmio Multishow de música e a grande homenageada do dia foi a minha, a nossa grande RITA LEE. E para não perder a oportunidade, elas nos brindou com mais uma das suas críticas bem feitas...
Vejam o vídeo e se deleitem.


Aninha

terça-feira, 18 de agosto de 2009


Perdi muito tempo construindo barreiras. Hoje em dia ganho o tempo tentando destruí-las...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sem pressa

"A indefinição ficava mais indefinida ainda pela chuva fina que começava a cair".
(Rubem Alves
)

Ando sem pressa, talvez porque já esteja cansada de nadar contra a correnteza...

sábado, 15 de agosto de 2009

Para vários destinatários

[Para mim]
Quinta passada foi um dia muito carregado. Sabia que mais cedo um mais tarde os fantasmas que habitam o porão teriam que sair. E como conseqüência, muitas lembranças ruins vieram à tona. Estou tentando não pirar e rever essa(s) situação(ões) estressante(s) com um novo olhar, mas isso também requer tempo. “Tempo, tempo, tempo, tempo/ De modo que o meu espírito/ Ganhe um brilho definitivo/ Tempo, tempo, tempo, tempo/ E eu espalhe benefícios”

[Para D. V.]
Se ela soubesse o que se passa aqui dentro não perguntaria, não me colocaria contra a parede (“O que você tem?”) e nem cobraria nada que ainda não posso dar/fazer... Se fico na minha, trancada em casa, no meu quarto – na minha alma -, é pra ver se coloco as idéias no lugar. Tem pessoas que conseguem colocar a casa em ordem com o planeta em movimento. Infelizmente isso não dá certo comigo. Assim, como o inverno é a estação mais fria do ano, os dias são curtos e a noite chega mais cedo, minha alma – digo, minhas idéias – precisa desse escuro, desse frio e desse silêncio para encontrar novamente a paz de espírito tão necessária.

[Para Deus]
Aos poucos estou entrando em contato com Ele, tendo várias conversas, às vezes por longas horas. A princípio, como sempre acontece, falo mais do que O escuto... Mais Ele sabe que essa sua filha é uma cabeça dura...

[Para mim]
E mais uma vez recorro a Bethânia:

“Ouvir, dizer, sentir, saber
Rezar, negar, sorrir, ficar, partir...
(...)
Comi, sofri, voltei, parti
Falei, senti, amei e me exauri...
(...)
Há um dia para o amor, enfim
Há um tempo para ficar assim
Sem respostas para perguntar
Qual o rumo pra qualquer lugar
Onde o tempo não possa chegar
(...)
Enfim, olhar, assim, lugar,
Ouvir, saber, juntar o que senti...”

[Para E.]
E, assim como a noite dá lugar a uma linda manhã, espero que o perdão possa enfim chegar, para quem sabe, tenhamos nossa paz de volta.

[Para a saudade de R.]
“E se a dor é de saudade/E a saudade é de matar”. Sei que esse discurso soa meio derrotista, mais não tem como ser diferente. A saudade anda a me pregar armadilhas das quais não sei me desvencilhar (ainda), mais uma vez é questão de tempo...

[Para Deus]
Tenha mais um pouco de paciência, pois essa Sua aluna é meio devagar com relação a sentimentos. Um dia aprendo, pode deixar!


Aninha.

Ps: Esse post foi publicado em meu outro blog também.

domingo, 9 de agosto de 2009

Carta ao amor

Por favor, não demora a chegar. Sei que andei errante durante muito tempo, que por vezes me fiz de desentendida e tantas outras neguei sua existência. Mas as coisas mudaram e eu também mudei. As mudanças foram inevitáveis, e agora que a porta está aberta, você teima em não aparecer...
Não maltrate meu coração assim, ele não tem culpa... A razão sempre comandou tudo na minha vida (lembra que te falei que sou razão em estado líquido?) e agora que a emoção passou a fazer a sua parte, você fica aí sem me dar sinal de vida. Agora que resolvi dar vez ao coração, a terra falta aos meus pés. Pés que andaram em terras de ninguém e que agora só querem um porto seguro, um colo para repousar e superar tantos erros, tantos medos...
Por que isso hoje? Talvez porque esteja vulnerável. Talvez porque não agüento mais manter calado, quieto tudo o que sinto. Além disso, meu aniversário está próximo e sempre fico muito nostálgica. Então, gostaria que você estivesse comigo dia 21, desejando feliz aniversário e dando um abraço bem apertado.
Por favor, vem!

Aninha

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Por onde é mais tranqüila a correnteza / Eu levo o barco em meio ao temporal

“Se teu amor foi!
Hipocrisia!
Adeus Brasília
Vou prá outra cidade”

Tirando um ou outro probleminha que sempre aparece na vida, confesso que estou muito bem de cabeça e de alma. Mesmo com todos os escândalos que andam acontecendo no mundo da política - nenhuma novidade, já que desde que os portugueses invadiram o Brasil a história se repeti e tudo acaba em pizza e o brasileiro segue dançando bestializado com seu nariz de palhaço na cara (que um dia foi pintada... Leda ilusão!).

Indiferença, vocês podem me perguntar? Que nada. Apenas ando bem demais para esquentar a cabeça com isso. Não gosto de política. Não gosto de políticos, e definitivamente, não nasci pra esse mundo de eterno circo! Há muito tempo a música brasileira vem pronunciando de maneira brilhante a indignação/constatação – ou seria revolta? – com o estado de coisas que permeiam nosso cenário político-social. Gonzaguinha, Legião, Cazuza, a galera da época da música engajada (resguardando as “sutilezas” que aquele momento político representou para o Brasil) já vem batendo nessa tecla faz um tempão, e sem querer tirar o corpo fora, mas “Toda essa droga que já vem malhada antes de eu nascer” parece que só faz se renovar... E olhe que não estou falando “apenas” de Sarney, do senado, do congresso... Será que fora eu, mais alguém lembra das malas e cuecas cheios de dinheiro? E do Nicolau dos Santos Neto, é o Lalau? E da nossa “querida” Georgina de Freitas? Do Collor sei que “pelo menos” Alagoas esqueceu, pois ele tá na “cidade do eterno faz de conta” representando a população...

É, mesmo assim, estou muito bem! Sabe por quê?
Eu busco o som macio na aspereza
Dos dias com ruído de metal
A água, a calma, a ave, a natureza
Os ecos de um mundo celestial
Eu busco no tom da delicadeza
As sutilezas do mundo real
Por onde é mais tranqüila a correnteza
Eu levo o barco em meio ao temporal
Eu busco a intimidade do sussurro
Um pouco de silêncio, o ritual
O afago musical ao invés do urro
João e Tom e todo o pessoal
Eu busco apenas o simples, o puro
O furo na parede, outro canal
Por onde a minha voz sopra o futuro
Presente num passado ainda atual
(Sutilezas – Rosa Passos)
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Beijinhos!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Alô, é Alice?

Estávamos eu e a minha irmã no ponto do ônibus esperando o coletivo para almoçar em casa quando de repente o celular dela toca...

Pessoa do outro lado na linha: Alô, é Alice?

Minha irmã: Não, você ligou para o número errado.

Então ela desliga o Celular. Segundo depois, ele volta a tocar...

Pessoa do outro lado na linha: Alô, é Alice?

Minha irmã já sem paciência: Não minha senhora, não é Alice.

Pessoa do outro lado na linha: Ah, desculpa.

Desligam o celular e continuamos a esperar o ônibus. E novamente o celular começa a tocar...

Minha irmã: Alô

Pessoa do outro lado na linha: Alice deixa de brincadeira que o assunto é sério...

Minha irmã sem nenhum pingo de paciência: Minha senhora, não é Alice. Aqui quem fala é a Dorothy do Mágico de Oz, a senhora ligou para o conto de fadas errado!!

Nisso ela desliga o aparelho celular e o ônibus chega... rs

Vamos almoçar e minha irmã fica morrendo de rir da situação.


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Historinha besta só pra descontrair mesmo.. rs


Beijos.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sobre Rita Lee e seu Euzébio

Desde pequena, ou melhor, que eu sou criança – porque pequena nunca fui (!) – sou fã incondicional de Rita Lee. Influência decisiva do meu pai que viveu o auge da música popular brasileira na cidade de Recife. Confesso que a relação com papai não foi muito legal. Na maioria das vezes (para não dizer todas às vezes) a gente se batia de frente (assim como ele, sou uma cabeça dura!) e o único “território” onde a “trégua” se estabelecida era na música.

Todos aqui em casa crescemos ao som da Jovem Guarda, dos Mutantes, dos Beatles, Bob Dylan, Jimi Hendrix; Janis Joplin, Tom Jobim, Edu Lobo, Nara Leão, Toquinho, e vários outros (Infelizmente nasci na década e na cidade errada!). A nossa única discordância se restringia a Elis Regina (sou completamente apaixonada por ela e brigo – e brigo mesmo! - com qualquer um que resolva falar mal da “Pimentinha”) e aos “clássicos” dos anos 80 – Legião, Titãs, Barão, Cazuza, Kid Abelha, Paralamas, Ira, Capital Inicial e toda a galera boa que vez da década de 80 única – que para os ouvidos de papai não passava de muito barulho por nada...

Ontem a tarde após uma longa conversa com uma amiga lembrei que nunca mais tinha pegado os discos de vinil do meu pai que estão guardados a sete chaves. Então, quando cheguei em casa a primeira coisa que fiz foi uma visita a eles... Limpei todos. Um a um, com um paninho e foi uma sensação tão boa. Rever – limpar – todos eles me fez enxergar o quanto a música anda presente/passado/futuro na minha vida!

E mais importante do que isso, foi constatar que a relação com papai, mesmo conflituosa, gerou alguma coisa de felicidade/cumplicidade da qual poderemos compartilhar sempre – só a música para aproximar mundos tão opostos e iguais! Rita Lee não tem idéia (rs), mas só ela me fazia sentar aos sábados à tarde na frente do som com meu pai, mesmo depois das brigas... Era ao som dela que eu ficava me deleitando e escutando as histórias e mais histórias dos 3 shows que papai foi na cidade de Recife na época da Ditadura... De como ele fugiu da casa da minha avó e teve que vender alguns discos para juntar a grana para o ingresso, e toda a “aventura” que foi vivenciado por ele e alguns amigos.

Até hoje quando escuto Rita Lee lembro dessas histórias e fico imaginando como teria sido se eu estivesse presente... Deus dê muita saúde e vitalidade para Rita Lee, pois ela não pode morrer agora, não antes que eu vá a um show dela.

Entre as músicas dela que mais gosto – não lembro de nenhuma que eu não goste – Esfinge é, sem sombra de dúvida, a que mais me faz lembrar de papai. E como o post de hoje é sobre Rita Lee e seu Euzébio (meu pai!) vou colocar aqui a letra, pois infelizmente não achei nada no Youtube e a música ta no vinil e não dá pra passar para o PC (buá!).

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Esfinge

(Composição: Roberto de Carvalho - Rita Lee)

No ponto exato onde nasce o sol
Um olhar distante contempla o além
Sorriso enigmático
Imperturbável desdém...

Guardiã eterna do segredo milenar
Quando o Saara Atlante ainda era mar
Tão tranquila e impassível
Quanto inacessível...

Esfinge
Finge que não vê
Decifra quem te devora
Hieroglifa o saber

Só no domínio de si próprio
É que o humano sobrepõe-se ao animal
Com a força do leão
A inteligência do homem
A serenidade dos deuses

Esfinge
Finge que não vê
Decifra quem te devora
Hieroglifa o saber

....................


Beijos!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Az de ouro

Esse final de semana foi tudo! Como faz um tempo que não sentia vontade de sair de casa, bastou meus amigos de João Pessoa ligarem avisando que iriam passar o final de semana em Cajazeiras para que eu abandonasse meu projeto de isolamento e caísse na noite (rs)... Fora momentos mais que especiais... Ri, brinquei, passeamos, enfim, tudo perfeito.


Conheci um ser humano fantástico que atende pelo nome de Az de ouro (Azemar). Tivemos uma afinidade tão grande que não tem um dia desde que nos conhecemos – sábado passado - que a gente não se fale. Cheguei a comentar com ele que a nossa relação deve ter começado em outras vidas, pois bastou um sorriso dele pra que a nossa amizade florescesse de tal forma que parecia que a minha alma era transparente... Logo eu que tenho uma dificuldade imensa de me abrir com as pessoas.


Hoje comentei que não vejo a hora de nos encontrarmos novamente, pois estou com muita saudade do seu sorriso e do seu abraço caloroso, e assim conhecer o namorado dele que deve ser uma pessoa também muito especial para ter conquistado aquele grande coração...


Beijos de uma pessoa que conseguiu viver intensamente o final de semana mais que perfeito e que tem um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto, e que há muito tempo não se sentia tão feliz como agora!


Aninha.

sábado, 11 de julho de 2009

Tudo é uma questão de aprender...

Quem leu o post anterior viu o quanto estava pra baixo, me sentindo a última das mortais sofredoras do mundo... Quase uma mártire de mim mesma. (Eu e a minha vocação para dramalhão mexicano...). E quando fico assim, tenho uma tendência a me isolar por completo do mundo. Só quando a dor começa a passar aqui dentro volto à razão e passo a refletir a loucura (ou não) que andei dizendo, no caso escrevendo. É nessas horas que os amigos vêm em socorro, graças!

Depois de alguns dias de reflexão e muitas leituras edificantes, cheguei a algumas descobertas, e gostaria de partilhar com vocês. Descobertas que espero me façam melhor e mais segura quando os dias nublados voltarem. Afinal, os dias de chuva fazem parte da vida...



Primeiro um poema roubado de algum lugar que infelizmente não lembro...


SOLUÇÃO



daqui a cem anos
todos os nossos problemas

nos terão resolvido


(Horácio Dídimo)


Isso foi simplesmente genial e revelador ao mesmo tempo. Tudo é uma questão de acreditar no amanhã! TUDO!! Tudo o de ruim e tudo o de bom, passa. O dia nublado passa. A tristeza passa. A dor de dente – ou no dedo – passa. Isso tudo é uma questão de aprender


Como bem falou Lya Luft:


“A vida é uma mesa posta, com venenos mortais, pratos insossos e outros deliciosos. Alguns conscientemente escolhem veneno, achando que a vida é sofrer, e ponto final. Outros comem – e vivem – sem sal.


Mas há os que, quando podem, pegam as delícias da vida e assim se salvam da areia movediça da depressão.”


Outra “sacada” genial de Lya e que resume direitinho toda a transformação que se operou nesse ser aqui nos últimos dias.


Obrigada a todos pela compreensão e pelo carinho. Vou voltando aos poucos... Mas voltando!



Agora peço licença, pois daqui a pouco tem show do Rei Roberto Carlos na TV e eu ainda tenho que fazer mágica com dois dedos imobilizados - tomar banho, jantar - e aguarda o “Quando eu estou aqui...” (rs) Espero que ele lembre que essa súdita aqui gosta da belíssima “Você, como vai?”..



Beijos



sexta-feira, 3 de julho de 2009


Não estou no melhor momento da minha. Mais uma vez chegou a hora de fazer o balanço parcial da primeira metade de 2009, e não achei nada interessante que tenha feito a coisa toda valer à pena...
Tudo bem, talvez esteja sendo um pouco dura, pois alguém pode dizer que ter terminado o mestrado e está se auto-conhecendo é uma boa coisa para esses 6 meses. Só que a minha mania de querer sempre mais sinaliza para a falta de “competência” para com os outros setores da vida, principalmente o profissional. Ainda não estou empregada, não passei naquele concurso que quase morri de estudar, quebrei meu dedo indicador, e por ai vai...

Ando ausente do blog e não tenho visitado os meus leitores/amigos com a freqüência desejada e nem sempre retribuo as visitas especiais... Gostaria de pedir desculpas por esse momento de completa falta de compromisso. Espero que vocês entendam, estou tentando colocar a casa em ordem. Mais uma vez desculpem esse ser em crise.


Beijo!


Aninha.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dica de leitura

Emilly Dickson certa vez escreveu que não há nada melhor que um livro pra nos levar para terras distantes. Com essa frase ela conseguiu sintetizar perfeitamente a magnitude que a palavra escrita é capaz de fazer com a mente humana.
Hoje quando terminava de ler o livro A BIBLIOTECA MÁGICA de Jostein Gaarder, lembrei-me dessa passagem. Esse livro é simplesmente emocionante, de linguagem fácil e instigante, o autor tenta (com sucesso!) falar sobre a história do livro e como ele é importante.
Abaixo trago alguns trecho desse livro e indico, vale apena ler, e pra nossa felicidade o livro ta disponível na internet.


“Caminho ao lado das estantes da biblioteca. Os livros viram-me as costas. Mas, não de maneira hostil. Convidam-me. Como se quisessem apresentar-se. Metros e mais metros de livros que jamais conseguirei ler. Bem sei que é vida que a mim se oferece, uma vida a acrescentar à minha, uma vida que está aí, tão-somente à espera de ser experimentada. Mas à velocidade a que os dias desaparecem, as possibilidades vão se desvanecendo. Bastaria um só destes livros para mudar a minha vida. Quem sou agora? Quem serei depois?
Um livro é um mundo mágico cheio de pequenos sinais, em que os mortos podem regressar à vida e os vivos podem viver eternamente. É incrível, fantástico e «mágico» que as letras do alfabeto possam formar tantas combinações, capazes de encher enormes estantes de livros e de escancararnos um mundo infindo, que continuará a crescer e a expandir-se enquanto houver homens sobre a Terra.
todas as vezes que abro um livro é um pedaço de céu que se abre à minha frente e todas as vezes que leio uma frase conheço algo de novo que não conhecia antes. E tudo o que leio faz com que o mundo fique maior e eu vá alargando os meus horizontes.”


Beijos


Aninha

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Noite

(Adriana Calcanhotto)
Composição: Antonio Cícero / Orlando Morais

Vêm lá do canal
Reverberações
Do ladrar de um cão.
Uma dessas noites
Tudo vai embora:
Leve-nos,
Ladrão.
Abre-se o sinal
Sem ninguém passar.
É melhor ser vão
Tudo o que pontua
Nossa escuridão.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sublime, Perplexidade e dificuldade

Sublime – tudo o que desencadeia uma reação de impacto emocional extremamente maravilhoso;

Perplexidade – estado de alma na qual todos os movimentos encontram-se em suspense devido a certo grau de horror;

Dificuldade – impressão de força e de trabalho imensos requeridos para a realização de uma obra.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam".

(Clarice Lispector)

terça-feira, 19 de maio de 2009

(In)Felizmente não foi dessa vez!


“É certo que tempos difíceis servem para aperfeiçoar o aprendiz (...)”.


É com essa frase que posso resumir a sensação que tive quando vi que meu nome não estava na lista dos candidatos aprovados do concurso pra professora efetiva da UFCG hoje cedo. Foi um misto de triste e decepção que não há palavras que possa descrever com exatidão.


Só que não ficarei chorando o leite derramado... Nem darei uma de Almadóvar “Que fiz eu para merecer isto?”. Vou voltar a minha vida “normal” e cuidar em dar uma incrementada no currículo lattes (também conhecido como orkut nerd) e resolver as pendências bur(r)ocráticas para receber logo o diploma de mestre. Pois amanhã será o meu dia de "dominar o mundo"!


Beijinhos!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

"Mas tudo vai passar
Como tudo passa"

terça-feira, 12 de maio de 2009

A vida assim nos afeiçoa.

"Mas há horas que marcam fundo...

Feitas, em cada um de nós

De eternidades de segundos

Cuja saudade extingue a voz

E a vida vai tecendo laços

Quase impossíveis de romper

Tudo o que amamos são pedaços

Vivos do nosso próprio ser".


(Manuel Bandeira)


A saudade é um sentimento pessoal de quem se percebe perdendo pedaços queridos de seu ser, dos territórios que construiu para si.

Aninha

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz dia das Mães!


Uma pequena homenagem pra elas que são as pessoas mais importantes da vida de todos nós... Muitos beijos e abraços para todas as mães do Universo. Feliz dia das Mães!


O menino dorme.
(Manuel Bandeira)



Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado
A mãezinha canta:
— "Dodói, vai-te embora!
"Deixa o meu filhinho,
"Dorme . . . dorme . . . meu . . ."



Morta de fadiga,
Ela adormeceu.
Então, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Na mesma voz dela,
Se debruça e canta:
— "Dorme, meu amor.
"Dorme, meu benzinho . . . "



E o menino dorme.


Agora vou nessa... Vou procurar meu colinho de mãe!


Beijos!

sábado, 9 de maio de 2009

Selinho


Esse selinho “mar” lindo ganhei da minha amiga Majoli do Cantinho da Majoli. Fiquei contente de ter sido lembrada por você querida.

Então vamos às regras:

1) Exibir a imagem

2) Postar o link do blog que o premiou

3) Publicar regras

4) Indicar 10 blogs pra receber o selo

5) Avisar aos indicados


Blogs amigos

Confissões ácidas – Dama de Cinza.

Bar da Ruiva – AnaLu

Eita. E agora? – Ninah


E todos/as que quiserem levar consigo esse selinho.

Beijos