sábado, 15 de agosto de 2009

Para vários destinatários

[Para mim]
Quinta passada foi um dia muito carregado. Sabia que mais cedo um mais tarde os fantasmas que habitam o porão teriam que sair. E como conseqüência, muitas lembranças ruins vieram à tona. Estou tentando não pirar e rever essa(s) situação(ões) estressante(s) com um novo olhar, mas isso também requer tempo. “Tempo, tempo, tempo, tempo/ De modo que o meu espírito/ Ganhe um brilho definitivo/ Tempo, tempo, tempo, tempo/ E eu espalhe benefícios”

[Para D. V.]
Se ela soubesse o que se passa aqui dentro não perguntaria, não me colocaria contra a parede (“O que você tem?”) e nem cobraria nada que ainda não posso dar/fazer... Se fico na minha, trancada em casa, no meu quarto – na minha alma -, é pra ver se coloco as idéias no lugar. Tem pessoas que conseguem colocar a casa em ordem com o planeta em movimento. Infelizmente isso não dá certo comigo. Assim, como o inverno é a estação mais fria do ano, os dias são curtos e a noite chega mais cedo, minha alma – digo, minhas idéias – precisa desse escuro, desse frio e desse silêncio para encontrar novamente a paz de espírito tão necessária.

[Para Deus]
Aos poucos estou entrando em contato com Ele, tendo várias conversas, às vezes por longas horas. A princípio, como sempre acontece, falo mais do que O escuto... Mais Ele sabe que essa sua filha é uma cabeça dura...

[Para mim]
E mais uma vez recorro a Bethânia:

“Ouvir, dizer, sentir, saber
Rezar, negar, sorrir, ficar, partir...
(...)
Comi, sofri, voltei, parti
Falei, senti, amei e me exauri...
(...)
Há um dia para o amor, enfim
Há um tempo para ficar assim
Sem respostas para perguntar
Qual o rumo pra qualquer lugar
Onde o tempo não possa chegar
(...)
Enfim, olhar, assim, lugar,
Ouvir, saber, juntar o que senti...”

[Para E.]
E, assim como a noite dá lugar a uma linda manhã, espero que o perdão possa enfim chegar, para quem sabe, tenhamos nossa paz de volta.

[Para a saudade de R.]
“E se a dor é de saudade/E a saudade é de matar”. Sei que esse discurso soa meio derrotista, mais não tem como ser diferente. A saudade anda a me pregar armadilhas das quais não sei me desvencilhar (ainda), mais uma vez é questão de tempo...

[Para Deus]
Tenha mais um pouco de paciência, pois essa Sua aluna é meio devagar com relação a sentimentos. Um dia aprendo, pode deixar!


Aninha.

Ps: Esse post foi publicado em meu outro blog também.

Um comentário:

Sueli disse...

Fiquei pensando se devia comentar ou não, mas acho que não me cabe. Talvez apenas lhe dizer que eu acho muito bom fazer um "bota fora", mesmo que seja assim: escrevendo. É como limpar gavetas, armários, e tudo o mais. Beijo grande!