[Para mim]
Quinta passada foi um dia muito carregado. Sabia que mais cedo um mais tarde os fantasmas que habitam o porão teriam que sair. E como conseqüência, muitas lembranças ruins vieram à tona. Estou tentando não pirar e rever essa(s) situação(ões) estressante(s) com um novo olhar, mas isso também requer tempo. “Tempo, tempo, tempo, tempo/ De modo que o meu espírito/ Ganhe um brilho definitivo/ Tempo, tempo, tempo, tempo/ E eu espalhe benefícios”
[Para D. V.]
Se ela soubesse o que se passa aqui dentro não perguntaria, não me colocaria contra a parede (“O que você tem?”) e nem cobraria nada que ainda não posso dar/fazer... Se fico na minha, trancada em casa, no meu quarto – na minha alma -, é pra ver se coloco as idéias no lugar. Tem pessoas que conseguem colocar a casa em ordem com o planeta em movimento. Infelizmente isso não dá certo comigo. Assim, como o inverno é a estação mais fria do ano, os dias são curtos e a noite chega mais cedo, minha alma – digo, minhas idéias – precisa desse escuro, desse frio e desse silêncio para encontrar novamente a paz de espírito tão necessária.
[Para Deus]
Aos poucos estou entrando em contato com Ele, tendo várias conversas, às vezes por longas horas. A princípio, como sempre acontece, falo mais do que O escuto... Mais Ele sabe que essa sua filha é uma cabeça dura...
[Para mim]
E mais uma vez recorro a Bethânia:
“Ouvir, dizer, sentir, saber
Rezar, negar, sorrir, ficar, partir...
(...)
Comi, sofri, voltei, parti
Falei, senti, amei e me exauri...
(...)
Há um dia para o amor, enfim
Há um tempo para ficar assim
Sem respostas para perguntar
Qual o rumo pra qualquer lugar
Onde o tempo não possa chegar
(...)
Enfim, olhar, assim, lugar,
Ouvir, saber, juntar o que senti...”
[Para E.]
E, assim como a noite dá lugar a uma linda manhã, espero que o perdão possa enfim chegar, para quem sabe, tenhamos nossa paz de volta.
[Para a saudade de R.]
“E se a dor é de saudade/E a saudade é de matar”. Sei que esse discurso soa meio derrotista, mais não tem como ser diferente. A saudade anda a me pregar armadilhas das quais não sei me desvencilhar (ainda), mais uma vez é questão de tempo...
[Para Deus]
Tenha mais um pouco de paciência, pois essa Sua aluna é meio devagar com relação a sentimentos. Um dia aprendo, pode deixar!
Aninha.
Ps: Esse post foi publicado em meu outro blog também.
Um comentário:
Fiquei pensando se devia comentar ou não, mas acho que não me cabe. Talvez apenas lhe dizer que eu acho muito bom fazer um "bota fora", mesmo que seja assim: escrevendo. É como limpar gavetas, armários, e tudo o mais. Beijo grande!
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