segunda-feira, 2 de março de 2009

"Belos tempos, belos dias..."

Hoje estou relendo pela milésima vezes a minha dissertação antes de enviar para a correção ortográfica e encaminhar para a banca na terça. Acho que um dos primeiros itens que comecei a escrever foi os agradecimentos por medo de deixar alguma pessoa querida de fora... Na minha concepção a agradecer é a parte mais difícil do trabalho, porque são tantas pessoas e tantos momentos que você não sabe o que privilegiar, muito menos por onde começar.

Nesse exato momento são duas laudas repletas de pessoas, situações, emoções, amor, carinho, felicidade, um pouquinho de sofrimento e música – Roberto Carlos/Tardes de domingo e Geraldo Azevedo/Tanto querer – a parte chata fica pelo restante do conteúdo distribuído nos 3 capítulos.

Quando estava lendo os agradecimentos veio à lembrança os tempos maravilhosos que morei na casa do meu avô... Tempos em que não tinha nenhuma preocupação, a não ser passar por média – coisa que nunca aconteceu antes de entrar na Universidade...

Na casa do meu avô vivi os dias mais felizes da minha vida. Era uma casa simples, pequena, mas que guardava as pessoas mais importantes do mundo, e entre elas o meu herói. É estranho falar assim com esse tom de nostalgia... Não liguem, hoje é domingo, e nos domingo costumo ficar nostálgica...

No final da tarde, antes da chuva, os meninos da rua estavam andando de bicicleta, então lembrei que o senhor, vovô, não teve tempo de me ensinar... Faz um tempinho que aprendi... Guardo comigo as cicatrizes das quedas e a certeza que o senhor está sempre ao meu lado me segurando para não cair.

Não estou triste, apenas com muita saudade!



Ps: Quero agradecer a minha amiga Sueli Benko pelas palavras gentis.


Beijos!



4 comentários:

Outra Língua disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Outra Língua disse...

Sei bem o que se vive nas diversas oportunidades que a vida nos dá de REVER. Sei tb de uma monografia (trabalho com elas há 16 anos, graduando e formando especialistas, mestres e doutores), e a cada gestalt, não sabemos se felizes ou enternecidos pela despedida, recomeçamos...
Belíssima argumentação, que sem dúvida me tocou.
Para agradecer a visita, mas principalmente para aprender mais e mais, passei para o cafezinho, rsrs. Obrigada, sempre! e Sucesso - no Blog... na capacitação/monografia... na vida!bj

Majoli disse...

Querida Aninha, saudades de algo que foi bom, é sempre bom.
Ao te ler me lembrei de meu querido avô que já se foi há um bom tempo.
Gosto de te ler querida, mostra pureza no que escreves, é mesmo de alma.
Beijos e uma semana de mita paz pra ti.

Sueli disse...

Quanta ternura no que escreveu, Aninha... Nostalgia é bom, muito bom, quando nos recordamos de momentos felizes, assim vomo estes com seu avôzinho. Também tive um muito querido e que me amava muito. Eu era sua companheirinha em todos os lugares, inclusive nas viagens de negócio. Acabo de me lembrar ... ele e eu, num trem leito, indo para o Rio de Janeiro. ele cuidando de mim como se fosse minha mãe. Eu tinha quatro anos. Ele dizia que eu lhe dava sorte nos negócios ... Beijo grande, amiga!