À alguns anos atrás...
Campina Grande, 21:00
Apartamento da orientadora após um longo dia de trabalho.
Ana: Lú, vou tomar banho.
Lú: OK, mas não molhe o banheiro todo.
Ana: Beleza.
Ana tira a roupa, escova os dentes, pega sabonete, shampoo e creme e sai satisfeita para o chuveiro. Abre o Box, pendura a toalha e quando olha para o registro da água...
Ana: aahhhhhhhhhhh!!!!!
Sai em desabalada carreira do banheiro. Chega a sala ofegante e diz:
Ana (apavorada, gaguejando, tremendo nas bases): Lú, tem uma rã no banheiro!
Lú: E?
Ana: Como vou tomar banho?
Lú: Você tem medo de rã?
Ana: Tenho. Você pode ir tirar ela de lá, por favor?!
Lú (muito calma): Nem que sua vida depende-se disso. Também tenho medo de rã e a nossa convivência é bastante pacifica. Quando ela está na cozinha eu fico na sala, quando ela está no banheiro eu fico na sala e assim sucessivamente, até que ela resolva ir para outro cômodo. As coisas só mudam quando Mariana (namorada de Lú na época) está aqui em casa.
Ana (incrédula): E o que eu faço?
Lú (muito calma): Senta aqui no sofá e espera, uma hora ela vai sair de lá e você toma banho.
Ana: ...
1 hora depois...
Cansada de ficar no sofá enrolada na toalha (já que as roupas ficaram no banheiro), Ana resolve enfrentar a fera. Levanta-se e caminha na direção do único banheiro do apto.
Lú: Você vai pra onde?
Ana (cansada e com muita raiva): Tomar banho!
Lú: E se a rã ainda estiver lá?
Ana: Se ela estiver tomarei banho na pia, e se ela não estiver mais tomo banho normal.
Lú: Mais se ela estiver lá você vai molhar o banheiro todo!
Ana: E daí? Não vou ficar esperando uma rapariga de uma rã sair do banheiro para que eu possa tomar banho. Isso é um absurdo! Se fosse NA MINHA casa, mainha já tinha resolvido isso. Tinha matado a rã e fim de papo.
Chego lá, vou cuidadosamente para o Box, vejo que a rã não se encontra. Ligo meu radar para localizar alguma possibilidade de rã no ambiente, e nada é encontrado. Por via das dúvidas deixo a porta do banheiro aberta.
Meia hora depois..
Lú: A rã estava lá?
Ana (limpinha e cheirozinha): Não, ela deve ter saído para namorar...
Lú: ué? Mais ela sempre fica no banheiro até 22 e 30
Ana (com cara de interrogação): Como assim?
Lú: Faz 5 anos que moro nesse apartamento, já sei todos os horários de “Júlia”
Ana: Lú, eu não estou acreditando, você tem um problema muito sério, essa loucura é passível de internação, sabia?
Lú: Você queria que eu fizesse o que? Eu tenho pena de matar a pobrezinha...
Ana: ...
Lú: Agora deixa eu ir lá, vou tomar banho.
FIM DE PAPO
OBS: Essa história é baseada em fatos reais e os diálogos são fiéis ao ocorrido.