"Se eu sou algo incompreensível,
Meu Deus é mais"
E foi à livraria como quem vai à farmácia, buscando cura para as suas feridas da alma.
Lá chegando encontrou de tudo um pouco. Saramago, Freud, Balzac, Foucault, Mário Quintana, Fernando Pessoa, Cecília Meireles, mas nada quis levar. Encontra-se num momento de pura suspensão das atividades mentais e espirituais. Nada lhe trazia prazer. Nem a literatura, nem a música...
Ela simplesmente não sabia mais o que fazer. Poderia colocar a culpa na primavera que chegara, na lua cheia que se fora. Só que isso não funcionaria, pois ela sabia muito bem de onde vinha essa angústia. E o pior fora constatar que nada fizera para evita - lá. Estava cansada de nadar contra a maré. Então deixou-se ser tragada pelo tempo, na solidão de sua alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário